Dialética erística

terça-feira, 3 de novembro de 2009



1- Ampliação indevida: Generalização além dos limites válidos.

2- Homonímia sutil: Dois conceitos designados pela mesma palavra. “O senhor ainda não foi iniciados nos mistérios da filosofia Kantiana” “Ora, o que é cheio de mistérios não me interessa”.

3- Mudança de modo: Tomar de modo absoluto o que foi dito de modo relativo. O mouro é negro, mas tem os dentes brancos, portanto é ao mesmo tempo negro e não negro.

4- Pré-silogismo: Premissas diversas e confusas com o fim de ocultar o verdadeiro objetivo.

5- Premissas falsas: Uso intencional de premissas falsas. Exemplo: Se ele for de alguma religião, podemos usar como base os próprios dogmas dela.

6- Petição de princípio oculta: Postular o que se deseja comprovar. Sob outro nome, “Maluf não gasta, investe”, generalizando ou provando algo universal aos pedaços.

7- Perguntas em desordem: Muitas perguntas de modo pormenorizado, ocultando o que se quer admitir.

8- Encolerizar o adversário: Ser injusto, provocar raiva no adversário a fim de não o deixar aproveitar a vantagem.

9- Perguntas em ordem alterada: Perguntas em ordem diversa a fim de confundir o adversário.

10- Pista falsa: Quando o adversário propositalmente nega nossas afirmações, devemos afirmar em contrário para faze-lo admitir o que queremos.

11- Salto indutivo: Admitir a tese como estabelecida e reconhecida. Os ingênuos podem acreditar.

12- Manipulação semântica: Escolher um nome que favoreça nossa afirmação. Fervor religioso e fanatismo, colocar sob custódia e aprisionar, dificuldades financeiras e bancarrota,

13- Alternativa forçada: Apresentar duas escolhas, da qual ele vai escolher necessariamente a que nos interessa. “Deve-se obedecer ou desobedecer os pais?”

14- Falsa proclamação de vitória: Após o adversário ter admitido algumas premissas declaramos como aceita a conclusão.

15- Anulação do paradoxo: Apresentamos uma tese correta mas não totalmente evidente. Ex. Apresentar um exemplo ilustrativo.

16- Várias modalidades do argumentum ad hominem: Examinar se a afirmação não está em contradição com algumas das premissas anteriores.

17- Distinção de emergência: Quando o adversário nos pressiona, podemos nos safar por meio de uma diferenciação sutil.

18- Uso intencional da mutatio controvensie: Não deixar que o adversário conclua um argumento que vai nos derrotar, interromper, afastar a tempo o andamento.

19- Fuga do específico para o geral: Generalizar e atacar .

20- Uso da premissa falsa previamente aceita pelo adversário: Ao adversário admitir uma premissa falsa, não devemos perguntar pela conclusão, mas concluirmos nós mesmos.

21- Preferir o argumento sofístico: Quando o adversário faz uso de um argumentos aparente, é melhor contra atacar com outro argumento aparente.

22- Falsa alegação de petitio principii: Se o adversário nos forçar a admitir algo de que resultará a vitória, não a aceitamos com a alegação de ser um petitio principii.

23- Impelir o adversário ao exagero: Forçar com perguntas o adversário a extrapolar as suas afirmações, saindo do domínio em que ela é válida.

24- Falsa redução ao absurdo: Fabricação de consequências. A partir das proposições do adversário, utilizar deturpações e falsas conclusões para contradize-lo.

25- Falsa instância: Falsa prova em contrário.

26- Argumento reverso: Quando o argumento pode mais ser usado contra do que a favor dele.

27- Provocar a raiva: Quando o adversário se zanga por algum motivo, devemos insistir nesse ponto, talvez por ocultar um ponto fraco.

28- Argumento ad auditores: Faz-se uma objeção inválida, de modo a provocar risos no público iletrado. Para o riso, as pessoas estão sempre prontas.

29- Digressão: Começar um outro ponto subitamente.

30- Argumento dirigido ao sentimento de honra: Diante de autoridades no assunto, as pessoas tendem a acreditar. Expressões retóricas gregas e latinas, expressões técnicas tendem a impressionar. Citar livros já que ninguém vai tê-los em mão. “Chama-se de justas as coisas que aparentam ser” Aristóteles “A maioria tem muitas opiniões” Platão. “As pessoas são um mero eco da opinião alheia. Poucos sabem pensar, mas todos querem ter opiniões” Schopenhauer.

31- Incompetência irônica: Declararmo-nos ironicamente incompetentes de entender a opinião. É melhor quando se tem autoridade. Contra-ataque: Dizer que o assunto é fácil, então foi por falha de explicação ele não entendeu, e explicar de novo.

32- Rótulo odioso: Submeter a afirmação adversária a uma categoria odiosa: Isso é maniqueísmo, isso é nazismo, isso é idealismo, de forma a fazer o público identificar a categoria com a qual já tem preconceito.

33- Negação da teoria na prática: Dizer que na prática não vai funcionar.

34- Resposta ao meneio de esquiva: Se ele não responde, mas apenas se esquiva, devemos insistir nesse ponto.

35- Persuasão pela vontade: Colocar o assunto de forma a fazer com que as consequências não sejam favoráveis financeiramente. “Meia onça de vontade vale mais que uma tonelada de entendimento e convicção” - Schopenhauer “O intelecto não é uma luz que arde sem óleo, mas é alimentado pela vontade e pelas paixões” Francis Bacon

36- Discurso incompreensível: Assustar e desconcertar o adversário com palavreado sem sentido.

37- Tomar a prova pela tese: Fazer um argumento ad hominem passar por um ad rem.

38- Último estratagema: Dirigir o ataque à pessoa adversária.

versão retirada daqui.

1 comentários:

decio h disse...

Esta sim é uma tática muito utiliza pelos advogados depramáveis.

 
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