Nelson Rodrigues 4

segunda-feira, 30 de novembro de 2009



"Deve-se ler pouco e reler muito. Há uns poucos livros totais, três ou quatro, que nos salvam ou que nos perdem. É preciso relê-los, sempre e sempre, com obtusa pertinácia."
"Deus me livre de ser inteligente".
"Não há nada mais relapso do que a memória. Atrevo-me mesmo a dizer que a memória é uma vigarista, uma emérita falsificadora de fatos e de figuras."
"Toda unanimidade é burra."
"Só os profetas enxergam o óbvio."
"Qualquer indivíduo é mais importante do que a Via Láctea."
"O ser humano é cego para os próprios defeitos. Jamais um vilão do cinema mudo proclamou-se vilão. Nem o idiota se diz idiota. Os defeitos existem dentro de nós, ativos e militantes, mas inconfessos. Nunca vi um sujeito vir à boca de cena e anunciar, de testa erguida: 'Senhoras e senhores, eu sou um canalha'."
"O artista tem que ser gênio para alguns e imbecil para outros. Se puder ser imbecil para todos, melhor ainda."

retirado daqui.

.

Nelson Rodrigues 3

quinta-feira, 26 de novembro de 2009


"O Brasil é muito impopular no Brasil."
"O brasileiro é um feriado."
"O mineiro só é solidário no câncer."
"A companhia de um paulista é a pior forma de solidão."


.

Marx...

terça-feira, 24 de novembro de 2009



Não era pacifista, mas...
Pregava a igualdade entre os homens.
Desejava o fim da exploração do homem pelo homem.
Queria que a solidariedade sobrepujasse a ganância.

Se o mundo pode ser descrito por palavras,
as dele fundaram o séc. XX,
ainda explicam o mundo de hoje,
e influenciam os idealistas.

Nelson Rodrigues 2

domingo, 22 de novembro de 2009



"A mais tola das virtudes é a idade. Que significa ter quinze, dezessete, dezoito ou vinte anos? Há pulhas, há imbecis, há santos, há gênios de todas as idades."
"O jovem tem todos os defeitos do adulto e mais um: o da imaturidade."
"Em nosso século, o 'grande homem' pode ser, ao mesmo tempo, uma boa besta."
"O 'homem de bem' é um cadáver mal informado. Não sabe que morreu."
"O homem só é feliz pelo supérfluo. No comunismo, só se tem o essencial. Que coisa abominável e ridícula!"

.

HEITOR, EU NÃO TE ESCUTO MAIS!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009




Você não me leva a nada
Ei, medo!
Eu não te escuto mais
Você não me leva a nada...

E se quiser saber
Pra onde eu vou
Pra onde tenha Sol
É pra lá que eu vou
É pra lá que eu vou..

Pois é, Heitor, não confiamos nos teus conselhos.


mais, aqui, e aqui.

Nelson Rodrigues 1

terça-feira, 17 de novembro de 2009



"Só acredito nas pessoas que ainda se ruborizam."
"Toda mulher gosta de apanhar, apenas as neuróticas reagem."
"Nem toda mulher gosta de apanhar, só as normais"
"Hoje é muito difícil não ser canalha. Todas as pressões trabalham para o nosso aviltamento pessoal e coletivo."
"Ou a mulher é fria ou morde. Sem dentada não há amor possível."
"Todo amor é eterno. E se acaba, não era amor".
"A fidelidade devia ser facultativa".
"Amar é ser fiel a quem nos trai".
"As feministas querem reduzir a mulher a um macho mal-acabado".
"O homem começou a própria desumanização quando separou o sexo do amor."

.

Brocardos internéticos

domingo, 8 de novembro de 2009



Comer uma maçã é mais eficiente que tomar café para se manter acordado.

O porco é o único animal que se queima com o sol além do homem.

Ninguém consegue lamber o próprio cotovelo, é impossível tocá-lo com a própria língua.

As unhas da mão crescem aproximadamente quatro vezes mais rápido que as unhas do pé.

O "quack" de um pato não produz eco, e ninguém sabe porquê.

É impossível espirrar com os olhos abertos.

"J" é a única letra que não aparece na tabela periódica.

Uma gota de óleo torna 25 litros de água imprópria para o consumo.

Rir durante o dia faz com que você durma melhor à noite.

Dialética erística

terça-feira, 3 de novembro de 2009



1- Ampliação indevida: Generalização além dos limites válidos.

2- Homonímia sutil: Dois conceitos designados pela mesma palavra. “O senhor ainda não foi iniciados nos mistérios da filosofia Kantiana” “Ora, o que é cheio de mistérios não me interessa”.

3- Mudança de modo: Tomar de modo absoluto o que foi dito de modo relativo. O mouro é negro, mas tem os dentes brancos, portanto é ao mesmo tempo negro e não negro.

4- Pré-silogismo: Premissas diversas e confusas com o fim de ocultar o verdadeiro objetivo.

5- Premissas falsas: Uso intencional de premissas falsas. Exemplo: Se ele for de alguma religião, podemos usar como base os próprios dogmas dela.

6- Petição de princípio oculta: Postular o que se deseja comprovar. Sob outro nome, “Maluf não gasta, investe”, generalizando ou provando algo universal aos pedaços.

7- Perguntas em desordem: Muitas perguntas de modo pormenorizado, ocultando o que se quer admitir.

8- Encolerizar o adversário: Ser injusto, provocar raiva no adversário a fim de não o deixar aproveitar a vantagem.

9- Perguntas em ordem alterada: Perguntas em ordem diversa a fim de confundir o adversário.

10- Pista falsa: Quando o adversário propositalmente nega nossas afirmações, devemos afirmar em contrário para faze-lo admitir o que queremos.

11- Salto indutivo: Admitir a tese como estabelecida e reconhecida. Os ingênuos podem acreditar.

12- Manipulação semântica: Escolher um nome que favoreça nossa afirmação. Fervor religioso e fanatismo, colocar sob custódia e aprisionar, dificuldades financeiras e bancarrota,

13- Alternativa forçada: Apresentar duas escolhas, da qual ele vai escolher necessariamente a que nos interessa. “Deve-se obedecer ou desobedecer os pais?”

14- Falsa proclamação de vitória: Após o adversário ter admitido algumas premissas declaramos como aceita a conclusão.

15- Anulação do paradoxo: Apresentamos uma tese correta mas não totalmente evidente. Ex. Apresentar um exemplo ilustrativo.

16- Várias modalidades do argumentum ad hominem: Examinar se a afirmação não está em contradição com algumas das premissas anteriores.

17- Distinção de emergência: Quando o adversário nos pressiona, podemos nos safar por meio de uma diferenciação sutil.

18- Uso intencional da mutatio controvensie: Não deixar que o adversário conclua um argumento que vai nos derrotar, interromper, afastar a tempo o andamento.

19- Fuga do específico para o geral: Generalizar e atacar .

20- Uso da premissa falsa previamente aceita pelo adversário: Ao adversário admitir uma premissa falsa, não devemos perguntar pela conclusão, mas concluirmos nós mesmos.

21- Preferir o argumento sofístico: Quando o adversário faz uso de um argumentos aparente, é melhor contra atacar com outro argumento aparente.

22- Falsa alegação de petitio principii: Se o adversário nos forçar a admitir algo de que resultará a vitória, não a aceitamos com a alegação de ser um petitio principii.

23- Impelir o adversário ao exagero: Forçar com perguntas o adversário a extrapolar as suas afirmações, saindo do domínio em que ela é válida.

24- Falsa redução ao absurdo: Fabricação de consequências. A partir das proposições do adversário, utilizar deturpações e falsas conclusões para contradize-lo.

25- Falsa instância: Falsa prova em contrário.

26- Argumento reverso: Quando o argumento pode mais ser usado contra do que a favor dele.

27- Provocar a raiva: Quando o adversário se zanga por algum motivo, devemos insistir nesse ponto, talvez por ocultar um ponto fraco.

28- Argumento ad auditores: Faz-se uma objeção inválida, de modo a provocar risos no público iletrado. Para o riso, as pessoas estão sempre prontas.

29- Digressão: Começar um outro ponto subitamente.

30- Argumento dirigido ao sentimento de honra: Diante de autoridades no assunto, as pessoas tendem a acreditar. Expressões retóricas gregas e latinas, expressões técnicas tendem a impressionar. Citar livros já que ninguém vai tê-los em mão. “Chama-se de justas as coisas que aparentam ser” Aristóteles “A maioria tem muitas opiniões” Platão. “As pessoas são um mero eco da opinião alheia. Poucos sabem pensar, mas todos querem ter opiniões” Schopenhauer.

31- Incompetência irônica: Declararmo-nos ironicamente incompetentes de entender a opinião. É melhor quando se tem autoridade. Contra-ataque: Dizer que o assunto é fácil, então foi por falha de explicação ele não entendeu, e explicar de novo.

32- Rótulo odioso: Submeter a afirmação adversária a uma categoria odiosa: Isso é maniqueísmo, isso é nazismo, isso é idealismo, de forma a fazer o público identificar a categoria com a qual já tem preconceito.

33- Negação da teoria na prática: Dizer que na prática não vai funcionar.

34- Resposta ao meneio de esquiva: Se ele não responde, mas apenas se esquiva, devemos insistir nesse ponto.

35- Persuasão pela vontade: Colocar o assunto de forma a fazer com que as consequências não sejam favoráveis financeiramente. “Meia onça de vontade vale mais que uma tonelada de entendimento e convicção” - Schopenhauer “O intelecto não é uma luz que arde sem óleo, mas é alimentado pela vontade e pelas paixões” Francis Bacon

36- Discurso incompreensível: Assustar e desconcertar o adversário com palavreado sem sentido.

37- Tomar a prova pela tese: Fazer um argumento ad hominem passar por um ad rem.

38- Último estratagema: Dirigir o ataque à pessoa adversária.

versão retirada daqui.

Auto-desajuda ou: o importante é sofrer!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Certa vez eu e uma amiga começamos a escrever um blog, cujo nome era Auto-desajuda. Passávamos ambos por um período meio nebuloso na vida e tínhamos várias conversas sobre as maneiras de enfrentar problemas, inclusive as soluções oferecidas pelos manuais de auto-ajuda.

Suspeito dessas frases feitas que supostamente iluminarão a vida das pessoas e as transformarão em seres melhores, mais cheirosas e boas burguesas. Também não creio em felicidade full time, ao contrário, parece doentio essa necessidade de se evitar o sofrimento e a tristeza, a obrigação de se auto-definir como Feliz.

O Auto-desajuda era uma maneira de sermos irônicos com o sofrimento desmedido e o dever de buscar a felicidade. Nosso lema era “O importante é sofrer!”, que foi retirado do documentário: “Nós que Aqui Estamos por Vós Esperamos”, que por sua vez vem do letreiro disposto em um cemitério localizado na cidade de Paraibuna. A lógica do lema era a seguinte: vivemos, portanto sofremos, logo, o importante é sofrer (que é igual a viver). Se sofremos é porque também somos felizes em algum momento, e em outros momentos não estamos nem desse ou daquele jeito.

Sentir a dor é essencial: “O importante é sofrer!”



.

 
Anti-depramável - Templates para novo blogger