Juridicidade hippie

terça-feira, 22 de setembro de 2009



É preciso um imperativo categórico que todos em uma sociedade aceitem, validem, cumpram.
Dessa forma, haverá uma solidariedade que se transforma em Direito, que se determina internamente aos indivíduos.

“ALL YOU NEED IS LOVE”

Esse axioma beatleniano norteou o inconsciente coletivo de toda uma geração de pessoas; a mesma geração daquelas que acreditavam em fazer amor e não fazer a guerra. Respingou em vários lugares, até por aqui.
Será que essa máxima poderia ser utilizada como um imperativo socialmente aceito?

30 anos depois, perguntou-se a um desses ex-hippies, militante ativo ainda, de várias causas sociais:
- “Tudo o que você precisa é de amor?”
A resposta veio amarga e cansada e desiludida:
- “Tudo o que você precisa é de Justiça!”

A Justiça fria e cega, positivista, é melhor do que uma justiça repleta de amor?
O Amor determina o Direito ou é o Direito que determina o Amor?



(levemente inspirado em Durkheim, e num tal surrealismo jurídico)

3 comentários:

leandro disse...

Não acho que todo mundo cumpre as leis apenas pra evitar a repressão (sanção) do Estado. Mas dai a cooperação estamos longe, duas provas da nossa falta de consciência: Lei que reserva bancos lugares nos transportes públicos pra idosos deficientes e gestantes, (precisa reservar senão a veiarada vai de pé, afinal eles nao trabalham mesmo porque acordar as sete da manha pra comprar pão? detalhe, eles compram o pão e sustentam a casa muitas vezes, isso porque tem uma lei que proíbe que eles consignem a aposentadoria inteira em emprestimos pros (a)rebentos). Temos tb a lei anti fumo, (tipo gentê, eu to comendo aqui dá pra não detonar meu paladar?, ou melhor, eu to vivendo aqui, dá pra se envenenar em um lugar aberto?)
Momento consciência coletiva !

Luana Harumi disse...

No Japão, caso uma velhinha esteja atravessando a rua, mesmo com o sinal aberto, todos os carros esperam enquanto ela completa a jornada e agradece.
Não deve haver uma norma regulamentando a espera pelo agradecimento.
Bom, apenas um adendo.

decio h disse...

Durkeim é otimista. Acho que as teorias dele só explicam parte da vida social.

 
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