Achava-se (uma guria)

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009



Aquele rumor da lambada ainda doía a língua. O paladar ressentia-se. Era a ausência dos frios e do afago edulcorado da Lambada. Dulcíssima, diria José Dias, fundamental nessa estiagem. Ainda assim, percorriam os corredores, as bermudas de tactel farfalhavam, e as camisas tranquilas.
Um acre para percorrer. Isso não existe, se são somente quatro mil metros quadrados.
Restolhando a horta... além de frutas, legumes saboridos, um cheiro-verde sublimando.

Cá não está.

Azeitona, azeite, atum, extrato, ervilha, milho, sardinha, sopão de feijão, maionese, mostarda, molho de pimenta, palmito, chutney, shoyu, circulam, correndo, pela periferia dos meus óculos fundo de frasco de suco concentrado de caju.

Flauteando pelo Hiper num esconde-esconde com Cássia. Ela, filha, eu, pai. Patamar em que eu a acho.
Ao som da Banda Lyra, pilhando com a embalagem de rosca doce de coco com fondant, perfumada e aromática.   Cá estava.   Com a mãe. A Cássia acabara de nascer.

6 comentários:

decio h disse...

Lambada é o sorvete de leite condensado com goiabada.
José Dias preferia utilizar superlativos. É o agregado de Dom Casmurro.
Um acre equivale a 4046,85642 m2. Também é nome de um pequeno estado brasileiro.

leandro disse...

Belíssimo!

A Tropicalha vem a calhar nas horas em que aliteração transforma em poema à toda prosa.

Anônimo disse...

Adorei também!
E aprendi a ser viada com meu querido José Dias (nunca tão querido quanto a minha heroína adúltera!). ^^

Luana Harumi disse...

É de sua autoria, Décio? E o que seria chutney?

decio h disse...

escrevi sim. mas, as razões disso surgir...
chutney é um molho, que sozinho tb é muito bom.

- 2 mangas maduras picadas
- 2 xícaras de açúcar mais 1/4
- 2 xícaras de vinagre
- 2 colheres de sopa de gengibre bem picado
- 2 dentes de alho cortados em fatias
- Meia pimenta vermelha picada
- 1/2 colher (chá) de sal
- 1 xícara de passas brancas picadas

Para fazer a calda, leve ao fogo alto o vinagre e o açúcar e mexa
bem até dissolver completamente o açúcar e formar uma calda bem
grossa.

Quando a calda começar a ferver, é hora de juntar a manga.

Mexa por cerca de 10 min até a fruta ficar bem macia, quase se
desmanchando.
Depois, coloque todos os outros ingredientes.

Mexa por uns 15 min até a calda reduzir bastante. O ponto ideal é
o de um doce de colher.

Está pronto o chutney de manga (acompanhamento ideal para carnes,
quentes ou frias, aves, embutidos e queijos).

decio h disse...

http://www.coop-sp.com.br/projetonatal/#/historia/556

 
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